A queratose pilar em pele negra ou qualquer outro tipo de pele pode incomodar bastante por conta da aparência estética.
A alteração na pele é superficial, mas esse desconforto estético por conta do aspecto rugoso e áspero na pele acaba causando limitação a pessoa que sofre com a condição.
Queratose pilar pode se desenvolver em qualquer tipo de pele, sem distinção, mas é mais frequente entre pessoas de pele mais ressecadas ou suscetíveis a quadros alérgicos.
Essas pequenas erupções avermelhadas ou esbranquiçadas, que fazem a pele parecer pele de galinha, costumam se espalhar pelos braços, pernas, rosto e nádegas, podendo afetar mais as áreas onde os pelos são mais grossos.
Apesar de não se saber a sua causa, a condição tem uma predisposição genética relacionada à uma produção excessiva de queratina no organismo, que se acumula nos folículos pilosos, de onde nascem e crescem os pelos.
Diferente da foliculite, muito frequente na pele negra, a queratose pilar não é considerada uma doença ou condição grave.
No entanto, um dos tratamentos mais eficientes é manter a pele sempre hidratada para que a condição não evolua para uma inflamação, principalmente as peles negras.
Veja como tratar a queratose pilar em pele negra abaixo!
O que é queratose pilar?
A queratose pilar, também chamada de ceratose folicular, é uma condição dermatológica hereditária, que provoca uma alteração na camada mais superficial da pele, causando uma hipertrofia, que deixa a pele com um aspecto escamoso ou verrucoso (áspero).
É uma condição muito comum, provocada pela produção em excesso de queratina (proteína) ao redor do folículo piloso, que pode se desenvolver em qualquer tipo de pele.
Esse excesso de queratina na pele faz com que apareçam manchas ásperas e pequenas bolinhas avermelhadas ou esbranquiçadas, ligeiramente endurecidas, semelhantes à acne, deixando a pele semelhante à pele de galinha.
Apesar do desconforto estético, a queratose pilar não é considerada uma doença, mas uma condição de pele benigna, e assintomática.
Ela costuma aparecer em qualquer parte do corpo, sendo mais frequente nos braços, coxas, região das nádegas e no rosto (bochechas e região da barba), principalmente em peles negras.
Causas da queratose pilar
Não se sabe o que causa o aparecimento da queratose pilar, mas a condição está relacionada à hiperqueratose.
Ou seja, um acúmulo de queratina nos folículos pilosos causado pelo excesso de produção dessa proteína fibrosa.
A queratina é uma proteína importante para a formação da estrutura do corpo, também responsável pela força e elasticidade dos fios de cabelo e pelos, além de estar presente também nas unhas.
Na pele, a queratina contribui para a defesa do organismo contra a invasão de substâncias nocivas e infecções causadas por microorganismos invasores.
Essa produção excessiva de queratina na pele pode também estar relacionada ao uso constante de roupas apertadas, ressecamento da pele (falta de hidratação) ou ictiose, carência de vitamina A, em doenças hereditárias autoimunes, ou problemas dermatológicos, como a dermatite atópica.
Pessoas que sofrem de doenças alérgicas e eczemas, como asma ou rinite, também são mais suscetíveis ao seu desenvolvimento.
Queratose pilar em pele negra
A causa da queratose pilar em pele negra é igual a qualquer outro tipo de pele. O problema é que a pele negra é mais suscetível à foliculite, por conta dos pelos serem mais grossos.
Por isso, é preciso ter cuidado para que a queratose pilar em peles negras não evolua para uma inflamação que causa a foliculite. Essa sim causa dor, coceira e outros sintomas, além das erupções na pele.
Mas a produção excessiva de queratina não tem relação com a cor ou tipo de pele, estando mais relacionada às causas acima e ao ressecamento.
Como tratar queratose pilar em pele negra
Como a queratose pilar não é uma condição de saúde grave nem considerada uma doença propriamente dita, os principais tratamentos para queratose pilar são a base de dermocosméticos.
A queratose pilar em pele negra deve ser tratada da mesma forma que em qualquer outro tipo de pele, com o simples objetivo de minimizar a má aparência na pele deixada pelas pequenas bolinhas avermelhadas ou esbranquiçadas, levemente endurecidas.
Além disso, como a pele negra é mais suscetível ao aparecimento da foliculite, evitar o seu ressecamento da pele e manter a hidratação constante é a melhor medida para controlar a situação.
Tratamento para queratose pilar em pele negra
Já dissemos que a queratose pilar não é uma doença, por isso não tem cura. A boa notícia é que ela costuma desaparecer sozinha, muitas vezes sem um tratamento específico.
No entanto, o dermatologista pode prescrever o uso de cremes para queratose pilar queratolíticos e hidratantes, com ácido glicólico ou ureia, cremes com ácido lático ou Vitamina A para aliviar a aparência da pele (confira: queratose pilar antes e depois).
O objetivo do tratamento da queratose pilar em pele negra é promover a renovação celular no local afetado e evitar o ressecamento da pele, diminuindo ou evitando o excesso de produção de queratina, bem como manter a pele hidratada para que não evolua para um quadro inflamatório, como a foliculite.
Em alguns casos mais graves e avançados, o dermatologista pode recomendar procedimentos estéticos, como o peeling químico e a microdermoabrasão para melhorar a aparência da pele.
Creme para queratose pilar em pele negra
Caso você já tenha certa propensão a desenvolver foliculite e a queratose pilar já faz parte da sua rotina, alguns tipos de creme podem ajudar a solucionar o desconforto deixado pela má aparência e textura da pele e evitar a inflamação.
Neste caso, o dermatologista pode indicar tratamentos de fins estéticos, com o principal foco em hidratar a pele e disfarçar as bolinhas, através de cremes específicos, como por exemplo:
- Cremes com ácido glicólico e/ou ureia, capazes de promover a renovação celular, remover as células mortas na superfície da pele, e hidratar mais profundamente.
- Cremes com ácido lático e/ou Vitamina A, que promovem uma maior hidratação das camadas da pele, a fim de reduzir a quantidade de bolinhas na pele.